Nesta terça-feira, dia 7, até as 15h, um grupo de pacientes
artríticos fez um plantão de esclarecimento e distribuição de panfletos
informativos sobre a espondilite anquilosante na Esquina Democrática, no
centro de Porto Alegre. Além disso, durante todo este mês,
reumatologistas das cidades da região Sul do país estarão empenhados em
conscientizar a população sobre os sinais e sintomas da doença crônica,
que pode começar com uma dor persistente e insidiosa nas costas. Com o
passar do tempo, os ossos das vértebras crescem e formam nódulos,
fundindo-se uns com outros, causando rigidez e dificuldade de
movimentos: o paciente pode ficar tão curvado que fica impossibilitado
de olhar para frente (somente para baixo). Ao contrário do que se pode
pensar, a doença começa na juventude.
Dor intensa, persistente, insidiosa nas costas por mais de três
semanas, que piora quando o paciente está em repouso e melhora durante o
dia e com exercícios físicos pode ser um sintoma de espondilite
anquilosante, doença inflamatória, autoimune, que se origina nas
articulações sacrilíacas e que geralmente surge no final da infância mas
se manifesta mais tarde. A causa é ainda desconhecida — pode haver
predisposição genética — e não há cura, mas há tratamento.
Em caso de dúvida sobre os sintomas deve-se procurar um especialista:
quanto mais cedo o diagnóstico, melhores os resultados do tratamento.
Para isso, durante o mês, serão distribuídas cartilhas informativas nos
principais centros e clínicas da cidade, com informações sobre a doença.
Sintomas, Diagnóstico, Tratamento
A espondilite anquilosante é um tipo de artrite que é basicamente
caracterizada pela inflamação da espinha e das juntas da espinha.
Anquilosante significa “fusão”; "espondilite” significa “inflamação da
espinha”. Os primeiros sintomas geralmente incluem dor e rigidez na
parte inferior das costas e nádegas, se manifestando de forma gradual.
Outros sintomas podem também surgir, tais como perda do apetite, febre
moderada e cansaço. À medida que a doença progride, a espinha pode se
tornar cronicamente inflamada ou rígida, limitando a motilidade do
paciente. A doença em estágio avançado pode levar à formação de um novo
osso nas juntas da espinha, deixando-a numa posição fixa. Apesar de a
gravidade da doença variar de pessoa para pessoa, alguns pacientes
apresentam incapacidade funcional e os pacientes com a doença em
gravidade progressiva, podem desenvolver algumas deformidades.Geralmente, o diagnóstico é feito com base no exame clínico,
histórico do paciente e teste de imagem por Raio-X – entretanto,
acredita-se que quando o diagnóstico é confirmado por teste de raios-X, a
doença já pode ter surgido há cerca de 7 a 10 anos. Não há recuperação
da articulação danificada. O tratamento pode incluir anticorpos
monoclonais (“medicamentos biológicos”) para o controle dos sintomas e
melhora da qualidade de vida do paciente e cirurgia nos casos mais
graves, para reposição do quadril.
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/05/dor-nas-costas-persistente-pode-ser-espondilite-anquilosante-4129850.html