A espondilite anquilosante (EA) é uma doença inflamatória osteoarticular crônica e sistêmica de etiologia desconhecida. Dependendo de sua atividade e gravidade, a EA altera a qualidade de vida do paciente, acarretando diferentes graus de incapacidade física, social, econômica e/ou psicológica. Consequentemente, torna-se difícil quantificar e mensurar a doença, baseando-se apenas em um parâmetro clínico ou laboratorial. Desde o início da década de 90, têm sido descritos diversos instrumentos para avaliar atividade da doença, comprometimento funcional, grau de lesão estrutural, evolução do paciente e qualidade de vida apresentados pelos pacientes com EA. Apresentamos uma revisão desses diferentes instrumentos de avaliação clínica. Geralmente, inicia-se na segunda ou terceira décadas de vida, acometendo principalmente indivíduos do sexo masculino, na razão de 3 a 5:1. Nos Estados Unidos, por exemplo, a prevalência de pacientes com EA é de 0,19%. Os pacientes portadores de EA apresentam, na história natural da sua doença, acometimento inicial do esqueleto axial, sendo característico o envolvimento bilateral e precoce das articulações sacroilíacas (sacroiliíte). As articulações periféricas e estruturas peri-articulares podem ser afetadas como: artrite periférica assimétrica e/ou entesites. Aproximadamente, 36% apresentam artropatia periférica proximal (quadril e ombros) ou distal no decorrer do quadro clínico. A EA altera a qualidade de vida do paciente, acarretando diferentes graus de incapacidade física, social, econômica ou psicológica, dependendo de sua atividade e gravidade. Conseqüentemente, torna-se difícil quantificar e mensurar a doença em si, baseando-se apenas em alguns parâmetros clínicos ou laboratoriais. Desta forma, desde o início da década de 90, têm sido descritos diversos instrumentos para avaliar os diferentes problemas apresentados pelos pacientes com EA, auxiliando a quantificar a atividade da doença, o comprometimento funcional, o grau de lesão estrutural, a evolução do paciente e a qualidade de vida. Assim sendo, foram criados ou adaptados instrumentos capazes de avaliar a doença sob o ponto de vista da atividade da doença, metrológico, radiológico, de variável laboratorial, de bem-estar dos pacientes e de capacidade funcional. O uso de marcadores laboratoriais de fase aguda de doença é, em geral, controverso, uma vez que não há sempre uma correlação entre a atividade da doença e estes marcadores. Não há exame laboratorial que, isoladamente, estabeleça o diagnóstico de EA, mas eles podem auxiliar na avaliação do grau de atividade inflamatória. Os exames mais utilizados para o diagnóstico e o seguimento da doença são: a) a velocidade de hemossedimentação (VHS), na maioria dos pacientes, encontra-se elevada principalmente nos surtos agudos da doença; b) a proteína C reativa (PCR), sendo ainda controversa a sua associação com a atividade da doença. Além dessas alterações consideradas específicas no monitoramento da atividade inflamatória da EA, existem as não-específicas, como anemia, aumento da fosfatase alcalina e da creatino-fosfoquinase. Os diversos instrumentos de medidas, compostos por dados objetivos e/ou subjetivos, apresentam diferente grau de confiabilidade, precisão, sensibilidade às mudanças clínicas e reprodutibilidade. Entretanto, a relação entre estes e a atividade clínica, progressão da doença, bem como a resposta ao tratamento, ainda permanecem indefinidas. No presente trabalho, apresentamos uma revisão desses diferentes instrumentos de avaliação clínica.
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Boas explicações, como você mesmo fala a relação dos instrumentos de medida e a progressão da doença ainda permanecem indefinidos e assim demoramos a ter um diagnóstico, geralmente após anos de muitas dores e muitos médicos... é uma peregrinação.
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